quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Cidades de Santa Catarina + Torres-RS

10 dias de férias em outubro e uma certa apreensão em viajar em meio à pandemia do Coronavírus. Mas a experiência em Tibagi e Castro um mês antes nos encorajou (Rosi e eu) a colocar o pé (o carro) na estrada novamente. A Rosi sempre tem sugestões de lugares legais para conhecermos e há tempos ela havia me falado do Cânion do Itaimbezinho. Esse cânion fica a aproximadamente 587 km de Curitiba. Já que íamos rodar tantos kms surgiu a ideia de ir parando em outras cidades na volta. Pesquisamos a situação do coronavírus nas cidades candidatas e avaliamos que seria possível viajar e curtir tomando alguns cuidados com relação à aglomeração e uso de medidas preventivas. Das cidades que passamos, a maioria está bem adaptada aos cuidados recomendados pelas autoridades de saúde. Hotéis e restaurantes estão com protocolos bem definidos e a maioria das pessoas está colaborando (apenas Balneário Camboriú destoou com muitas pessoas sem máscaras nas ruas).

Interessante é que saímos de Curitiba com um único hotel reservado, que era na primeira cidade, os demais fomos escolhendo à medida que íamos trocando de cidade. Foi legal porque o roteiro não estava totalmente definido, fomos decidindo a próxima cidade durante a viagem. Ao final, nós visitamos: Praia Grande-SC, Torres-RS, Laguna-SC, Florianópolis-SC, Nova Trento-SC, Balneário Camboriú-SC.

Dia 12/10 saímos de Curitiba cedo, demoramos cerca de 8:30 hs para chegar em Praia Grande-SC, com 1 hr de almoço na estrada em Palhoça. Pegamos um pouco de engarrafamento próximo a Florianópolis. O Cânion do Itaimbezinho fica na divisa entre SC e RS. Nossa base foi a Pousada Vó Liane, na cidade de Praia Grande. Detalhe que a cidade não tem praia e não é grande... Após instalados em um dos confortáveis chalés no meio da natureza, fomos até o centro e fizemos um lanche na Pizzaria Opinião. Eu comi um hamburguer e a Rosi um hot-dog (que é gigante, aliás), comida de primeira.

13/10 havíamos agendado um passeio de balão! Acordamos bem cedo, chegando próximo às 5 hs na agência de turismo. Após reunir as pessoas do mesmo voo, fomos até o local de decolagem. O balão da agência Canyons e Peraus é bem colorido, fica legal nas fotos. O balão comporta 12 pessoas mais o piloto, existem 6 divisões dentro do cesto para os passageiros, é um pouco apertado mas atende bem se a pessoa não for gordinha :-p.

A decolagem do balão é bem suave, lembra um elevador, em pouco tempo estávamos a 1000 metros de altura. E é muito legal a vista lá de cima, começamos o voo pouco depois que o sol nasceu. Como estávamos relativamente próximo dos cânions a vista dos mesmos foi bem legal também. Foi a primeira vez que voamos de balão e gostei bastante. Apenas fui surpreendido (por ser ignorante no assunto mesmo) com a informação de que o piloto não consegue direcionar o balão, ele apenas controla a altura e a direção fica por conta do vento. Eu inocentemente achava que o piloto conseguiria fazer o balão passar por cima dos cânions. A duração do passeio é de quase 1 hora, pousamos próximo à várias plantações e houve brinde com champagne. Valeu a pena! (O valor do passeio foi de 580,00 por pessoa).

Voltamos pra pousada tomar o café da manhã e depois seguimos para o Parque Nacional de Aparados da Serra, onde fica o Cânion do Itaimbezinho. São 23 km de Praia Grande até o Parque. A estrada começa alternando trechos de asfalto com ruas de pedra/terra, mas logo é só pedra, terra, muita poeira e buracos. O carro fica marrom e não tem como ir muito rápido por conta dos buracos e irregularidades.

Chegando ao parque, cuja entrada é gratuita, existem duas trilhas. A primeira é a Trilha do Cotovelo com 6,3 km de extensão (ida e volta). A maior parte do trajeto é feita por uma antiga estrada do parque, o restante do caminho é feito pela borda do cânion. Vista incrível. Voltando ao início do parque, para o lado oposto fica a Trilha do Vértice que tem um trajeto mais curto, com 1,4 km de extensão (ida e volta). A vista deste lado também é bonita e é possível ver a Cascata das Andorinhas, a Cascata Véu da Noiva e o início do Cânion Itaimbezinho, que é em forma de vértice e dá origem ao nome da trilha.

No final dessa segunda trilha haviam algumas placas para "Café do Vô Marçal", decidimos ir até lá. É uma antiga casa de madeira de 1945 onde os moradores montaram uma lanchonete e também vendem artesanato. Além dos lanches (comemos pastel de pinhão e pastel de queijo, café e refrigerante), eles vendem queijo e doces produzidos no próprio local. Quando chegarmos tinha um senhor fazendo doce de leite no fogão à lenha. Inusitado encontrar uma casa dessas no meio "do nada", lembrou um pouco as antigas casa dos meus avós.

Saímos do parque e pegamos a estrada de volta para Praia Grande. No meio do caminho da estrada de pedra está a Trilha do Cânion Índios Coroados. Na verdade nós havíamos parado ali na ida para o Itaimbezinho mas não encontramos o início da trilha. Então na volta paramos novamente e encontramos um grupo de turistas. Eles nos disseram que para iniciar a trilha era necessário pular a cerca. Achamos aquilo bem estranho por ser uma trilha famosa, por que raios tem uma cerca "proibindo" a entrada? Mas pelo que eu consultei depois na internet é normal pular a cerca mesmo. O fato é que pulamos a cerca e seguimos a trilha, são apenas 600 metros de distância, trecho plano. Há apenas uma pequena descida e subida para passar um riacho e logo o campo termina na borda do penhasco com a vista fantástica do cânion... se não fosse o fato de haver muita neblina no local. Não vimos nada! Voltamos para Praia Grande, à noite compramos um lanche na Pizzaria Casarão, que estava bem saboroso.

14/10 tomamos café na Pousada Vó Liane e seguimos para a próxima cidade: Torres-RS. Ficamos no Hotel Farol, no centro e próximo aos paredões rochosos. Almoçamos no Torre Grill, comida deliciosa com frutos do mar, destaque para a casquinha de siri. Caminhamos no entorno da Lagoa do Violão e também no calçadão da Prainha. Depois seguimos a pé até o Parque da Guarita, lá estão 2 dos 3 penhascos à beira mar de Torres, são os chamados Torre do Meio e Torre Sul (daí vem o nome da cidade, Torres). Caminhamos por cima da Torre do Meio. Bela vista e belas fotos, inclusive da Torre Sul que fica ao lado. Jantamos na Pizzaria da Praia, do lado do hotel. A massa da pizza é bem fina e o sabor é ótimo.

15/10 tomamos café no hotel e saímos para caminhar pela areia da Prainha e tirar fotos no letreiro de Torres. Depois seguimos até a próxima cidade: Laguna-SC. Ficamos no Hotel Atlântico Sul, onde já almoçamos no restaurante anexo. Depois fomos até o Mirante do Morro da Glória. Possui 126 metros de altura e é o local mais alto da cidade, por isso é procurado para observação panorâmica da cidade, praias, lagoas, etc. Possui ainda uma imagem de Nossa Senhora da Glória. De lá fomos até o Centro Histórico. Caminhamos por: Igreja Matriz Santo Antonio dos Anjos, Museu Casa de Anita, Letreiro de Laguna, Porto, Mercado Público (por fora), Marco do Tratado de Tordesilhas, Museu Histórico Anita Garibaldi, Estátua da Anita. Voltamos ao Letreiro de Laguna e vimos o por do sol.

16/10 tomamos café no hotel, depois pegamos o carro, atravessamos o canal com a balsa e seguimos até o Farol de Santa Marta. Eu já havia ido para o Farol de Santa Marta em 2012 mas nem sabia que fazia parte de Laguna, o lugar continua lindo. Estacionamos o carro e subimos o morro do Farol. Curtimos o belo visual e tiramos fotos. Depois descemos e almoçamos no Tribo Bar, onde comi um peixe com molho de camarão delicioso e com vista para a praia. Depois curtimos a Prainha do Farol por um tempo e voltamos até Laguna. Paramos para caminhar nos Molhes da Praia da Barra e na areia da Praia do Mar Grosso.

17/10 tomamos café no hotel e seguimos até Florianópolis-SC. A parada em Florianópolis tinha como um dos objetivos visitar a sobrinha da Rosi, que tem uma filha de 9 meses. Ficamos no Centro, Hotel Castelmar, cujo quarto é gigante com 3 ambientes e banheiro. Muito bom. No almoço comi uma saborosa Tainha no restaurante Dona Delícia. À tarde fomos visitar as sobrinhas da Rosi e no final do dia fomos ao Beiramar Shopping e fizemos uma caminhada curta na Avenida Beira Mar Norte.

18/10 tomamos café no hotel e fomos até a Ponte Hercílio Luz, bem próxima ao hotel. Como era domingo, estava liberada a passagem de pedestres e ciclistas. Foi bem legal poder atravessar a ponte pela pista central. Depois pegamos o carro e paramos na Avenida Beira Mar Norte, onde caminhamos com a bela paisagem (apesar do tempo nublado). Em seguida fomos até o Mirante da Lagoa da Conceição e também passamos de carro do lado da Lagoa, ali pertinho das Dunas da Lagoa. Tinha muito carro e desistimos de almoçar por ali por conta da aglomeração. Fomos até o bairro Santo Antonio de Lisboa, que era do outro lado da ilha e almoçamos no Restaurante Chão Batido, com vista para a Baía.

Caminhamos pelo simpático bairro com arquitetura típica açoriana e com o charme de estar margeado pela baía com vários barcos o que dá um plus no visual. Fomos na Igreja Nossa Senhora das Necessidades e no cemitério ao lado. Paramos no Santo Appetito Café para comer um bolo de bergamota com sorvete de gengibre, muito bom. Ainda passamos na Casa da Renda, onde pudemos ver a rendeira trabalhando e a Rosi comprou uma almofada com renda.

19/10 tomamos café no hotel e pegamos a estrada para Nova Trento-SC. Ficamos na CEIC Pousada, hoje reformada, foi um convento e uma espécie de hospital desde 1894 fundado pela Santa Paulina. O casebre de madeira, onde recebia doentes e necessitados, continua no local para visitação. De carro, fomos até o Santuário Santa Paulina. Infelizmente por conta do coronavírus o Santuário em si estava fechado, bem como o Cenário Vivo. Vimos o Santuário por fora. O que estava aberto e visitamos: a Capela Nossa Senhora de Lourdes e o Calvário (subida de um morro onde tem quadros da via sacra e no final a cruz de Jesus e também uma estátua da Santa Paulina). Voltamos para a Pousada e caminhamos no simpático Centro da cidade.

20/10 tomamos café na pousada e fizemos um passeio dentro da própria propriedade: o casebre que era o antigo hospital, o poço ao lado, os jardins. Depois pegamos a estrada e fomos até Balneário Camboriú. Eu não conhecia a cidade, é bonita e vi muitas pessoas bonitas também. Caminhamos na Beira Mar e almoçamos no Cia do Peixe Restaurante, com vista para o mar, bem ao estilo férias mesmo. Depois disso, algumas fotos e retorno para Curitiba. Fim do passeio que passou por 6 cidades e que curtimos demais. Novas descobertas, lugares agradáveis e ótima companhia.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Tibagi e Castro

A pandemia do Coronavirus desincentivou viagens e passeios nos últimos meses. Porém surgiu a ideia de visitar o Cânion Guartelá em Tibagi. Pesquisei junto com a Rosi e percebemos que existe um protocolo para visitar o Parque Estadual do Guartelá, com limitação de número de pessoas, redução de horário, uso de máscara, etc.

Dia 05/09 a Rosi e eu saímos de Curitiba cedo. O Parque fica há aproximadamente 200 Km de Curitiba. Paramos em Castro para almoçar no restaurante Casantiga (comida e ambiente muito bons) e de lá seguimos mais 42 Km até o Parque. Neste primeiro dia havíamos agendado com uma agência de turismo a trilha completa, que só pode ser feita junto com guia credenciado. O percurso é de 9 km e contempla uma parte diferente do parque (além da trilha básica, que não necessita de guia). É cansativo, principalmente porque a parte final da caminhada consiste em aproximadamente 1 km de subida, mas vale a pena. O parque é muito bonito e oferece algumas vistas bem legais do Rio Iapó e das montanhas.

No final da tarde fomos até o Centro de Tibagi, onde ficamos hospedados no Hotel Formigas na Figueira. Hotel limpo e confortável, porém para nosso azar o bar/lanchonete que fica bem próximo estava animado e tivemos som alto madrugada a fora. O jantar foi um café colonial no restaurante anexo ao Supermercado Cristal.

O dia 06/09 começou com uma caminhada no Centro de Tibagi, tudo perto pois o hotel fica no Centro Histórico. Começamos pela Ladeira do Paredão, que tem uma bela vista do Rio Tibagi. Em seguidas passamos na Praça Leopoldo Mercer, Igreja Matriz, Biblioteca Municipal, Teatro Municipal, Prefeitura, Museu Histórico.

Cerca de 1 km do Centro fica o Mirante do Rio Tibagi, paramos para algumas fotos. É possível avistar o rio e também uma pequena usina hidrelétrica. Dali rodamos 18 Km até o Parque Guartelá, desta vez para fazer a trilha básica. O percurso é de 5 km e fomos até a Cachoeira da Ponte de Pedra e por último paramos nos panelões do Sumidouro (espécie de piscinas/banheiras naturais) onde é possível banhar-se. A água estava gelada mas o clima estava quente, é um lugar bom para relaxar e descansar da caminhada.

Final da tarde fomos até Castro, onde ficamos hospedados na Pousada Rota dos Tropeiros. Local limpo, confortável e silencioso. O Jantar foi numa pizzaria bem perto da Pousada (Pizzaria Besten se não me engano). Pizza boa, com preço acima da média.

07/09 é feriado e começamos pela Prainha do Rio Iapó. Há poucos metros da pousada, trata-se de um balneário fluvial com uma estrutura de lazer a seu redor. Rende boas fotos. Depois, de carro, fomos ao Centro Cultural Castrolanda. Fica há 10 km do Centro e é um dos cartões postais da cidade. Estava fechado, por conta do coronavirus imagino, mas valeu pelas fotos.

Depois voltamos até o Centro Histórico e passamos por algumas construções históricas: Praça Manoel Ribas, Teatro Bento Mussurunga, Museu do Tropeiro, Casa de Sinhara, Colégio São José, Igreja Sant'Ana. Todos os pontos bem próximos. Em seguida fomos de carro até o Morro do Cristo. Lá de cima é possível ter uma bela vista da cidade, principalmente do Parque Lacustre.

Almoçamos novamente no Restaurante Casantiga, agora com mais calma. Nesse dia havia um buffet bem variado. Comi bem e bastante. Por último íamos até o Parque Lacustre mas estava interditado (provavelmente para evitar aglomerações). Então o jeito foi pegar a estrada de volta para Curitiba. Tibagi e Castro são cidades bem simpáticas e relativamente perto de Curitiba, recomendo.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Primeira Vez na Europa: Itália

Depois de ir aos Estados Unidos em 2018 e curtir bastante, em 2019 planejei junto com a Rosi uma viagem para a Europa. O destino escolhido foi a Itália. País com muita história e além disso a terra natal dos meus antecedentes maternos. Durante 19 dias na Itália passeamos em 12 cidades (+ Belluno que paramos para almoçar no caminho entre Venezia e Cortina D'Ampezzo).

Saímos de Curitiba no meio da manhã do dia 29/09, fizemos conexão em Guarulhos e à tarde decolamos com a companhia AlItalia em voo direto (com duração de 11 horas) para Roma. 11 horas num avião é bastante coisa mas como voamos em direção à noite - na Itália é 5 horas mais tarde que o Brasil - acabamos dormindo um bom trecho da viagem.

Roma e Vaticano - 30/09 a 02/10

Chegamos no Aeroporto Fiumicino de Roma por volta de 6:20 no horário local. Dali optamos por ir de ônibus até a Estação Termini no Centro. É muito prático, 3 ou 4 companhias fazem esse trajeto de ônibus por cerca de 6 euros. Da Estação Termini caminhamos até o Hotel Friendship Place que era bem perto.

Depois saímos para caminhar, passando por: Praça da República, Igreja Santa Maria degli Angeli e dei Martiri (a primeira igreja grande, alta e bonita das várias que iríamos ver na Itália), Fórum de Trajano (vista só por fora) que é parte do Fórum Romano, Praça Venezia, Monumento Vittorio Emanuele II, Fontana di Trevi. Nesse primeiro dia já deu para perceber que Roma tem muitos lugares bonitos e de arquitetura incrível. Também notamos muitos turistas e um trânsito bem confuso (posteriormente perceberíamos o mesmo nas outras cidades).

No dia seguinte fomos ao cartão postal de Roma: o Coliseu. Muitos turistas, mas como compramos o ingresso ainda no Brasil foi rápido para entrar. Gostamos bastante do Coliseu. O lugar remete à muita história e os detalhes impressionam. É impossível não ficar imaginando como era esse anfiteatro na época do seu funcionamento pleno. Tiramos várias fotos dentro e depois fora. Do lado do Coliseu está o Arco de Constantino, que também rende fotos legais com o Coliseu ao fundo. Depois fomos ao Palatino e ao Fórum Romano, ambos incluídos no mesmo ingresso do Coliseu. Cara, esses lugares são enormes e a caminhada foi longa! Tem muitas ruínas do que eram esses locais no passado, o Palatino é uma colina onde os imperadores construíram casas para morar e o Fórum Romano era o centro político e comercial da população, ou seja, o lugar onde Roma começou a existir. Caminhando e passando por vários pontos interessantes, a visita acabou justamente no Fórum de Trajano que havíamos visto por fora no dia anterior.

Nesse mesmo dia fomos até a igreja St. Patrick para retirar os convites para a audiência com o Papa que acontece toda quarta-feira no Vaticano. Começar a viagem por Roma foi pensado para estarmos numa quarta-feira por ali. Eu havia solicitado os convites pela internet ainda no Brasil e chegando na igreja havia uma pequena fila e meu nome estava na lista. O convite é gratuito mas ficou bem chato ter uma placa do lado da mesa de entrega sugerindo uma doação de 5 euros por pessoa, quase todos se sentem obrigados a doar. Mas enfim... Antes de voltar ao hotel passamos na gelateria Grom. A Rosi pegou um de nocciola (avelã) e eu de mirtilo. Realmente os gelatos da Grom são muito saborosos!

Dia 02/10 acordamos cedo para ir até o Vaticano, na audiência com o Papa Francisco. Fomos da estação Termini até o Vaticano de metrô. Chegando na Praça São Pedro, fila para passar pelo detector de metal. Entramos e fomos procurar uma cadeira perto de um dos "corredores" por onde passa o Papa-Móvel. Para a audiência é feito o controle de acesso à praça e são colocadas muitas cadeiras para as pessoas sentarem. Eu na minha inocência imaginava uma audiência com 3000 pessoas mas na verdade haviam mais de 10000 pessoas nessa audiência, uma galera! Estava um sol bem forte, num dos poucos dias de calor que tivemos na Itália. Ao pegar os convites no dia anterior, a pessoa que entrega sugere chegar 2 horas antes, creio que chegamos na cadeira cerca de 1 hora antes e pegamos um lugar bom.

Chegado o horário, surge o Papa no Papa-Móvel e começa a andar nos espaços/corredores entre as cadeiras. O pessoal fica maluco para ver o Papa de perto, ficam em pé na cadeira e tudo. Ele passou a uns 4 metros de nós. Finalmente ele chega na frente da Basílica de São Pedro, que tem uma escada próxima e o deixa num nível mais alto que o público, e senta numa cadeira preparada para ele. Aí começa a audiência, vem uns 7 ou 8 cardeais (ou algo parecido) e um por vez faz uma introdução, cada um em uma língua diferente. Nessa introdução são citados alguns grupos presentes, de cada língua. Da língua portuguesa por exemplo tinha um grupo de Minas Gerais e outro do Espírito Santo. Aí o Papa faz uma espécie de homilia em Italiano e em seguida cita algumas pessoas dos grupos de pelegrinos presentes. A citação/saudação aos grupos de língua espanhola ele mesmo faz. Aí voltam os cardeais e cada um em uma língua resumem a homilia e repetem os citados pelo Papa. Por fim, o Papa abençoa a todos os presentes e também os objetos e se encaminha para ir embora. Antes disso, acaba parando para tirar fotos com alguns grupos dos que ficam mais perto (tem uma área do lado do Papa que parece uma área vip, não sei se são autoridades ou algo assim). Finalmente ele entra no Papa-Móvel e vai embora.

Terminada a audiência, é um mar de gente indo pra todo lado. Tentamos nos afastar um pouco da praça para achar algum restaurante menos concorrido. Entramos num restaurante que não estava muito cheio e, apesar de relativamente caro, comemos bem. Nesse horário caiu uma pancada de chuva, mas parou quando estávamos saindo. Aí voltei para visitar a Basílica de São Pedro e... outra fila grande. Mas fluiu bem, em 20 minutos eu tava passando por outro detector de metais e entrando na igreja. A Basílica é grande e bem bonita, além de ter as criptas de todos (acho) os papas e a cripta de São Pedro. Bem legal visitar a Basílica. Saindo de lá ainda tirei algumas fotos na praça, que é igualmente grande e estilosa.

O Vaticano parece ser sempre cheio quartas e domingos, que são os dias que o Papa aparece ao público. Além disso a Cidade do Vaticano é bem pequena, tanto é que algumas quadras caminhando já estávamos em Roma novamente. Pela falta de tempo não visitamos o Museu do Vaticano nem a Capela Sistina. Ainda perto do Vaticano chegamos ao Castel Sant'Angelo, às margens do Rio Tibre. O castelo é um museu por dentro mas é muito bonito por fora. Valem as fotos aqui e também próximo ou nas pontes que cruzam o rio ali perto.

Dali, ficamos em dúvidas se voltávamos para o hotel a pé ou de ônibus/metrô. Resolvemos ir a pé e foi a melhor decisão pois passamos por alguns lugares bem aconchegantes de Roma. Ruazinhas mais estreitas, ao estilo que iríamos depois encontrar em outras cidades, e chegamos à Praça Navona. Uma praça grande, simpática e cercada por construções clássicas. Depois fomos até o Pantheon, prédio bastante alto, com colunas estilo "romanas" na frente e circular por dentro. É bonito por fora e por dentro. Hoje é utilizado como uma igreja, mas fica cheio de turistas tirando foto. Em seguida, comprei um gelato bem grande, passamos em frente da Fontana di Trevi (cheia de turistas novamente) e voltamos ao hotel.

Napoli e Pompeia - 03 e 04/10

De manhã pegamos um trem rápido da empresa Ítalo e fomos da Estação Termini de Roma até a Estação Napoli Centrale em cerca de 1 hora. Tomamos café perto da estação, deixamos as malas no hotel Departure Rooms&Hostels e saímos caminhar. O centro de Napoli não é bonito, nos chamou a atenção a existência de muito lixo nas ruas (ensacados esperando a coleta ou jogados no chão). Notamos muitos vendedores ambulantes circulando por ali, a maioria negros e provavelmente imigrantes. Mesmo assim, Napoli tem seu charme, o principal deles é a existência de muitas vielas estreitíssimas onde passam carros, bicicletas, motos e pedestres numa largura onde cabe apenas um carro. O trânsito é tão ou mais confuso que em Roma. Caminhar por essas vielas é obrigatório ao visitar a cidade. Nossa primeira parada foi o Duomo (=catedral) di Napoli ou di San Gennaro. A igreja é charmosa por fora e muito bonita por dentro. Na igreja está a capela do tesouro, onde existem vários itens de ouro, prata e pedras preciosas doados por devotos ricos. Ao lado do Duomo está o Museu do Tesouro de San Gennaro que é pago e também visitamos. No museu estão mais tesouros como na capela mas é possível vê-los mais de perto, alguns com pedras preciosas realmente incríveis.

Chegou a hora do almoço e fomos para o lado da Pizzaria da Michele, famosa por aparecer no filme Comer, Rezar, Amar. Já imaginávamos que estaria cheia mas sabíamos que haviam outras pizzarias bem próximas. De fato, imagino que muito turista vai na Michele, olha a fila e entra em uma das outras. Conosco não foi diferente, entramos na Pizzaria D'Angeli. Napoli é famosa por ter a pizza Margherita Original e claro que foi o sabor escolhido por nós. Essa pizza é bem fina e tem as bordas bem altas, é macia e meio "elástica". Eu particularmente adorei essa pizza e achei que foi a melhor que comi na Itália. A Rosi não curtiu muito e durante a viagem preferiu pizzas mais parecidas com as brasileiras.

Almoço concluído, continuamos andando pelas vielas estreitas seguindo o GPS até chegar no Castel Nuovo. A fachada é bem bonita e vale a pena tirar fotos ali. É possível visitar o castelo internamente pagando ingresso e isso dá acesso ao terraço onde é possível ver um porto e o vulcão Vesúvio. Quando chegamos lá estava nublado e optamos por não fazer a visita interna. Demos sorte nessa decisão pois logo em seguida choveu bastante, nem sei se conseguiríamos ver algo do terraço. Colocamos as capas de chuva e fomos até a Praça do Plebiscito. Praça bonita e cercada de construções imponentes. Entramos na Basílica de San Francesco di Paola, voltamos ao centro da praça, tiramos algumas fotos e voltamos caminhando para o hotel. Nesse momento do dia estava chuvoso e frio.

04/10 foi o meu aniversário, o primeiro que comemorei fora do Brasil. Mas eu estava em ótima companhia ;-) Nesse dia tomamos café no hotel e pegamos um trem para Pompeia. Trata-se de um trem municipal da companhia Circumvisuviana, é bem simples mas como é perto (40 minutos) cumpre o que se espera. Aparentemente está sempre cheio de turistas. Chegamos em Pompeia, compramos o ingresso, recebemos um mapa e entramos. O lugar é realmente grande (afinal é um sitio arqueológico de uma cidade inteira que foi soterrada pelo vulcão Vesúvio em 79 DC) e acho que nem é possível visitar tudo em um dia, portanto é interessante tentar planejar bem o trajeto a ser percorrido. Apesar de ter que caminhar muito vale a pena. É impressionante como muita coisa está preservada e dá para ter ideia de como era a vida na cidade, a imaginação trabalha bastante ao visitar Pompeia. Existem lanchonetes/restaurantes estrategicamente localizados dentro de Pompeia para os turistas. Nós almoçamos lá, foi conveniente essa parada na metade do dia para repor as energias e continuar caminhando.

Um dos locais que visitamos à tarde em Pompeia foi o Anfiteatro, com capacidade para 20000 pessoas na época. Além de ser uma bela construção, nesse local houve em 1972 um documentário onde o Pink Floyd gravou algumas músicas para um de seus discos. Existe no local uma exposição sobre as gravações. No final da tarde, pegamos o trem e voltamos a Napoli. Antes de voltar ao hotel paramos numa lanchonete e provamos o doce italiano Cannoli, foi como meu "bolo de aniversário". Confesso que achei um doce bem comum, sei que muita gente gosta mas nem a Rosi nem eu vimos nada demais no Cannoli.

Sorrento e Positano - 05 e 06/10

Dia 5 pela manhã deixamos Napoli e pegamos o trem para Sorrento, cidade da Costa Amalfitana da Itália. Pegamos um trem municipal da mesma companhia que leva até Pompeia (Circumvisuviana) mas desta vez optamos pelo trem que é um pouco mais caro mas com lugar para bagagem, garantia de ir sentado e ar condicionado. Em pouco mais de 1 hora estávamos em Sorrento. Chegamos, caminhamos até o hotel passando por algumas vielas bem estreitas onde só passavam pedestres. Deixamos as bagagens no Seven Hostel & Rooms e voltamos caminhando até o centro de Sorrento. O centro é pequeno mas a cidade é muito simpática. Almoçamos num restaurante bem estiloso, onde comi um peixe já que estávamos numa cidade litorânea. Também tomamos um vinho ótimo no almoço, estávamos num lugar muito bonito onde percebemos a satisfação das nossas férias até aquele momento. Depois exploramos um pouco mais o centro de Sorrento, tiramos fotos próximo à Igreja de San Francesco onde há um "mirante" que fica na beirada do despenhadeiro, imperdível! Ainda visitamos a igreja de San Francesco por dentro rapidamente e tomamos um gelato na Sorveteira Primavera. Voltamos ao hotel observando as peculiaridades das casas durante o caminho.

O dia seguinte era de bate-e-volta em Positano, uma cidade linda e com muitas casas coloridas nos morros ao lado da praia (procure fotos de Positano no Google e entenda). O deslocamento foi em ônibus local e isso foi um pouco custoso pois não achamos muitas informações sobre esse ônibus antes. Saímos do hotel e fomos até um local onde o ônibus passava, logo veio mas o motorista não nos deixou entrar dizendo que precisávamos comprar o ticket antes. Para piorar era domingo e os locais onde vendiam (que não sabíamos ao certo onde eram) pareciam estar fechados. Então caminhamos até a estação ferroviária, lá sim tinha um guichê para comprar os tickets e uma fila enorme! Paciência, compramos os tickets e entramos na fila. Demorou um pouco mas finalmente entramos no ônibus. O caminho tem várias curvas mas é uma vista incrível pois vai por uma estrada que contorna a costa. Aí paramos em Positano, a estrada fica na parte alta do morro e de lá se tem uma vista bonita da cidade e da praia lá embaixo. Caminhamos morro abaixo passando pelas casas e comércios, paramos num restaurante mais ou menos na metade do morro para almoçar. 

Depois de alimentados, paramos na Igreja Santa Maria Assunta para algumas fotos e descemos até a praia. Não é muito extensa mas é bonita, além da vista da praia para as casas no morro ser bem legal. Infelizmente o clima não ajudou muito, estava nublado e um vento um pouco frio. Ficamos algum tempo na praia (eu até cochilei na areia) e depois caminhamos morro acima para tentar descobrir onde o ônibus para voltar até Sorrento parava. Num lance de sorte, os tickets do ônibus eram vendidos na loja onde eu entrei perguntar e o ponto era bem próximo de onde paramos na ida. Voltamos para Sorrento e descansamos para a viagem do próximo dia, que seria longa.

Florença, Pisa, Lucca - 07 a 10/10

Dia 07 saímos de Sorrento para ir até Florença. A exemplo dos outros deslocamentos, fomos de trem. Nesse caso o trem municipal até Napoli (1 hr) e de lá o trem rápido até Florença (3 hs). Chegamos à estação Santa Maria Novella, de lá caminhamos até a acomodação Sgarauella B&B. Foi meio complicado porque o anfitrião não estava lá para nos receber. Fomos almoçar ali perto no restaurante La Grotta de Leo (comi uma pizza boa, a Rosi uma lasanha e tomamos um vinho muito bom) e de lá mandamos e-mail para o cara da acomodação, que nos respondeu onde pegaríamos a chave. Malas na acomodação, fomos explorar a cidade. Florença é uma cidade limpa, agradável, parece ser habitada por classe social alta, tem diversos museus e também muita estátua de homem pelado (pra que isso, né?). Nessa primeira tarde na cidade passamos pela igreja Santa Maria Novella, pela Catedral de Santa Maria del Fiore (que eu apelidei de "bonitona" porque realmente é bem bonita) e a bela Ponte Vecchio (um dos cartões postais da cidade).

No dia seguinte seguimos explorando o centro da cidade, começando pela Piazza (Praça) della Signoria que dizem ser um museu ao ar livre pois tem estátuas muito famosas como uma réplica do David de Michelangelo, além de ser uma bela praça é cheia de turistas. Ali perto, fomos novamente à Ponte Vecchio que fica sobre o Rio Arno e que desde o século XVI é ocupada por joalheiros e ourives. Caminhamos por várias ruas, inclusive uma região que tem várias lojas de grife, coisa fina! Visitamos o Museu Leonardo da Vinci e tive certeza que o cara foi um gênio. Por último passamos na Basilica della Santissima Annunziata.

Dia 09 fomos explorar cidades próximas, começando por Pisa. Fomos de trem até a simpática e pequena cidade. A Torre de Pisa é realmente show, dá para ver melhor que ela é bem inclinada de perto, de longe é um pouco difícil a torre parecer inclinada nas fotos. O legal é que os pontos turísticos estão todos na Praça dos Milagres: Torre de Pisa, Batistério de Pisa, Camposanto Monumentale e Duomo de Pisa. Ao redor da praça está a Muralha de Pisa. Desde 2018 é possível caminhar sobre as muralhas (3 euros por pessoa), e lá fomos nós experimentar. A muralha perto da praça é bem legal pois tem-se a vista dos pontos turísticos, porém ao ir se afastando a vista não é tão interessante. O percurso completo é de 3 km mas depois de 1 km a Rosi já me olhava com cara de "para onde estamos indo?" pois estávamos caminhando para o lado contrário da estação de trem e ainda visitaríamos outra cidade. Andamos quase 2 km sobre a muralha até o próximo ponto de descida e descemos no campus da Universidade de Pisa (Galileo Galilei foi professor lá). Confesso que eu achei o máximo pois quando notamos estávamos andando no meio dos universitários italianos, que saiam do campus. Caminhamos por umas ruazinhas simples e paramos numa lanchonete para lanchar/almoçar. O público da lanchonete eram os estudantes e o preço era barateza, as atendentes não falavam inglês mas nos viramos nos gestos. Barriga cheia ainda deu tempo de passarmos em algumas lojas e em barraquinhas de camelôs para comprar souvenirs. Pisa foi o lugar da Itália com melhor preço para comprar lembranças.

Voltamos à estação de trem e seguimos até a cidade de Lucca, cerca de 17 km dali. É uma cidade murada bem legal. Me lembrou por dentro Cartagena da Colômbia. É uma experiência diferente andar numa cidade assim. O clima estava nublado e garoava em alguns momentos mas conseguimos visitar de boa. A cidade é bem antiga e algumas vias/ruas são bem estreitas, no melhor estilo da Itália. Saímos da parte murada e ainda paramos numa lanchonete tipo "Frango Americano" para lanchar antes de pegar o trem de volta para nossa base em Florença.

No dia 10 ainda tínhamos o período da manhã em Florença antes de partir para Venezia. Tomamos um café da manhã reforçado, andamos mais um pouco pelas charmosas ruas centrais, tiramos mais algumas fotos próximo à Ponte Vecchio e, com as malas, fomos até a estação de trem.

Venezia e Treviso - 10 a 12/10

Saímos de Florença pouco antes do meio dia e com o trem rápido da Ítalo gastamos cerca de 3 horas até chegar em Venezia. Ficamos no hotel Villa Rendina no bairro Mestre, esse bairro é em terra firme e fica há uma estação de trem de distância da parte das ilhas (onde tem os canais e muita água). Até nos alojarmos já estava um pouco tarde mas ainda deu tempo de pegarmos o trem e fazermos um passeio rápido em Venezia. O lugar é realmente encantador.

No dia 11 tomamos café em Mestre e pegamos o trem para Venezia. Chegando lá começamos fazendo um passeio no WaterBus, que é o barco/ônibus do transporte público local. Fizemos um trecho não muito longo mas percorremos um dos grandes canais até chegar na Piazza San Marco (o point turístico de Venezia). A praça é grande, bonita e lotada de turistas. Visitamos a Basilica San Marco por dentro, mais uma igreja alta e de arquitetura impressionante. Notamos que a igreja é um pouco escura por dentro, deve ser pelo tamanho e por ter poucas janelas para a luz entrar. Saímos da praça e a ideia era voltar caminhando pelas ruazinhas até próximo da estação de trem. Acontece que andar pelas ruas de Venezia é divertido e quase impossível não se perder. São ruas estreitas, várias pontes e um ambiente bem agradável. Usamos o GPS em alguns trechos, erramos algumas decisões (para qual lado ir agora?) mas chegamos perto de onde queríamos. Almoçamos num dos vários restaurantes em um beco/viela, o lugar era charmoso. Descobri que um penne ao molho matriciana é extremamente apimentado mas consegui comer tudo. Nesse dia foi engraçado pois o vinho devia ser mais forte, tanto a Rosi quanto eu ficamos um pouco tontos. 

Passamos ainda pela Ponte Rialto e andamos por mais algumas ruas, destaque para as lojas que vendem murano, tem bastante coisa bonita feita desse material. Muitas jóias, enfeites e muito brilho. Uma lembrança de murano tem um preço acessível em Venezia. E as gôndolas? Sim, tem toda uma tradição, os gondoleiros com roupas listradas, muitos turistas curiosos. Observamos os passeios de gôndola e como eu estava com a minha namorada seria algo bem romântico... bem, o fato é que nem a Rosi nem eu achamos esse passeio tão romântico assim, aliado à uma certa concorrência para conseguir a gôndola e um preço salgado (80 euros) não fizemos. 

Antes de pegar o trem de volta ao hotel entramos em um supermercado em Venezia. Supermercados são interessantes para conhecer um pouco da cultura local e aprender palavras do país. Compramos chocolate e também algumas frutas, o que foi muito legal pois o sistema lá é todo self service, o cliente pega a fruta, coloca no saco e pesa, informando na balança o código/número da fruta escolhida. Depois cola a etiqueta com o preço e pronto. Também havia caixa self service mas ficamos inseguros se saberíamos fazer o serviço completo, como não havia muita fila pagamos no caixa normal com uma funcionária. Mas enfim, fizemos uma compra "em italiano". Resumo sobre Venezia: bonita, charmosa, clássica, muitos turistas, muitas lojas. É um lugar único, se tiver oportunidade, vá!

Dia 12 era dia de bate e volta em Treviso, a cidade onde nasceu meu bisavô Joseph Stecca. Pegamos o trem em Mestre e fomos até Treviso, a passagem custa cerca de 4 euros e o trajeto dura menos de 30 minutos, ou seja, é perto. Descemos na estação e caminhamos até a parte mais central. Já no início da caminhada vimos os belos canais da cidade, não tem tantos canais como Venezia mas são bem bonitos. Primeiro fomos em direção ao Duomo de Treviso, a igreja é grande e ao lado (e meio integrada) a ela tem a igreja que seria o Duomo há vários séculos atrás, com várias características na construção ainda da época. Tiramos algumas fotos na Piazza Duomo e caminhamos até a praça central chamada Piazza dei Signori, nessa praça fica a Prefeitura e tem por ali placas que homenageiam pessoas que morreram na guerra.

Dali fomos procurar a Fontana delle Tette, uma fonte de água que tem a imagem de uma mulher de "topless" e que jorra água pelos peitos. Na verdade existem duas, a original de 1559 que está inativa e exposta na praça e a atual (que deu trabalho para achar pois ela fica meio que na parte interna de uma galeria). Enfim, achamos a fonte, bebemos, abastecemos a garrafa de água e seguimos para a loja United Colors of Benetton. Uma loja famosa pelo mundo mas essa de Treviso foi a primeira e é a sede, até entramos para dar uma olhada rápida nas roupas. Nesse momento a fome bateu, a dica que havíamos lido é o Restaurante Da Pino, vizinho da Prefeitura. Comemos lá, o almoço estava bom e havia uma dica especial: comer a sobremesa Tiramissu. Tiramissu é uma sobremesa que leva café e foi criada em Treviso. Gostamos! Até eu que não curto muito café gostei desse doce, é bem melhor que o Canoli por exemplo.

Andamos perto de outros canais, tiramos mais algumas fotos. Passamos ao lado da Igreja San Francesco, tem uma estátua do São Franscisco do lado da igreja que também fotografamos. Em seguida chegamos na Muralha, sim Treviso é cercada por uma antiga muralha. Caminhamos por um trecho interno da muralha, bem legal. Depois voltamos até a estação e pegamos o trem para Venezia. Resumo de Treviso: pequena, calma, organizada. Adorei a cidade do meu bisavô. Ainda aproveitamos o final da tarde para caminhar mais um pouco nas diversas ruelas de Venezia e vimos o pôr do sol por lá, pra fechar com chave de ouro!

Cortina D'ampezzo 13 a 15/10

Tomamos café em Mestre e numa locadora dentro da estação de trem alugamos um carro, o Fiat 500 X. De Mestre seguimos com destino aos Alpes Italianos, mais precisamente à cidade de Cortina D'ampezzo. O trajeto dura cerca de 3 horas. Nós curtimos bastante dirigir nas auto estradas italianas. Tudo muito bem sinalizado, a pista um tapete... Mais ou menos na metade do caminho paramos na cidade de Belluno para almoçar. Não sei se por ser domingo mas a cidade estava meio vazia e muitas lojas fechadas. Encontramos um restaurante bem aconchegante e que, ao contrário das ruas, estava cheio. Comemos bem, demos uma volta rápida a pé pela região e seguimos viagem. Quanto mais nos aproximávamos de Cortina mais bonita ficava a paisagem, o local é cercado de montanhas belíssimas, uma vista incrível. Próximo de Cortina as estradas têm muitas curvas, se vc tem estômago fraco vai ficar enjoado! Chegamos ao Sport Hotel Pocol, um hotel confortável, com uma decoração interessante e com vista para as montanhas. Como o sol estava para se pôr e o hotel não era tão perto do centro optamos por descansar e curtir a vista. Acabamos jantando no próprio hotel, que na verdade fica meio "isolado" de outras propriedades.

No dia 14 acordamos com uma vista privilegiada das montanhas! Tomamos café, pegamos o carro e fomos pela estrada cheia de curvas até chegar no Lago Misurina. Cara, procure no google imagens do Lago Misurina e você vai ficar impressionado, o lugar é muito bonito, a água reflete as árvores e as montanhas. Ali percebemos o quão generosa a natureza foi com os Alpes da Itália. Após curtir bastante a vista e andar ao redor do lago, fomos ao segundo atrativo do dia: subimos de carro uma montanha por uma estrada panorâmica (pedágio de 30 euros) até chegar no Rifugio Auronzo (2333 m de altitude), um refúgio para quem está no topo da cadeia de montanhas chamada Tre Cime di Lavaredo. A subida em si contornando as montanhas tem uma paisagem bem legal, e quando chega lá no topo então... Estacionamos o carro e andamos por mais algumas trilhas na parte alta da montanha. Dá para ver muita coisa legal lá de cima, foi fantástico. 

Na descida da montanha, de carro, me admirei com a admiração da Rosi pelas árvores da região, não parava de tirar fotos delas. Mas de fato, as árvores acabam tendo folhas de 3 colorações diferentes (verde escuro, verde claro, amarelo) e deixam a paisagem bem bonita, ainda mais com as montanhas ao fundo. Imagino que as cores das árvores mudem em outras estações do ano. Ao final do dia, voltando para o hotel paramos no centro de Cortina D'ampezzo e fizemos uma caminhada para conhecer o lugar. Como já estava no final da tarde, logo voltamos para o hotel e jantamos por lá.

Uma das coisas que queríamos fazer em Cortina era andar de teleférico mas como estava fora da temporada de sky quase todos os teleféricos estavam fechados. No centro de informações turísticas nos indicaram um que estaria aberto e não era tão longe. Dia 15 pela manhã fomos até o Teleférico Lagazuoi, que leva montanha acima até chegar no Rifugio Lagazuoi (2752 m de altitude). Infelizmente o clima estava nublado e tinha muita neblina no alto da montanha. Em termos de vista não foi muito legal mas eu pude dizer para a Rosi que estava a levando para as nuvens ;-) e a sensação era justamente essa, pois após subir um tanto não se enxergava nada. Lá de cima parecia que estávamos no meio das nuvens. Estava bem frio e tinha até neve lá em cima, andamos por algumas trilhas próximas ao refúgio mas não fomos muito longe (não dava para enxergar muito à frente por conta da neblina). De qualquer forma valeu a subida. Descemos com o teleférico, pegamos o carro e fomos até o centro de Cortina.

Estávamos com fome e procuramos um lugar para almoçar. Paramos numa pizzaria e resolvi pedir a pizza Marinara. Antes de ir para a Itália li que as pizzas italianas não tinham queijo mas essa Marinara foi a primeira que provei sem queijo de fato. Basicamente vai tomate, alho, óleo, orégano e manjericão. Eu adorei e o queijo não fez falta. A Rosi comeu um hamburguer. Depois caminhamos descompromissados pelo centro, compramos alguns souvenirs na Cooperativa (que na verdade é tipo um shopping) e fomos ao mercado comprar comida para o jantar. Voltamos para o hotel descansar pois sairíamos cedo no dia seguinte.

Milão - 16 a 19/10

Dia 16 acordamos, tomamos café no hotel e demos mais uma olhada na incrível paisagem de Cortina D'ampezzo. Em seguida entramos no carro e pegamos a estrada para voltar até Venezia Mestre. Chegando em Mestre, abastecemos o carro e o devolvemos na locadora. Ficamos aguardando na estação de trem. Com o trem rápido demoramos cerca de 2:30 hs para chegar na estação Milano Centrale. Porém nosso apartamento era perto da estação Porta Garibaldi. Nos batemos um pouco para achar mas pegamos o metrô e chegamos na Porta Garibaldi. Findou que não era tão perto assim o apartamento e andamos um bom tanto com as malas até chegar lá. O nome do apartamento no Booking é "Beautiful Apartment Near Sempione and Milan Center" e fica no bairro ChinaTown. Devidamente instalados saímos para caminhar pela cidade, fomos até a Catedral (Duomo) de Milão e também na Galeria Vittorio Emanuele II.

Dia 17 caminhamos bastante (pra não perder o costume). O tour começou pelo Parque Sempione e junto ao parque fomos no Arco da Paz e no Castello Sforzesco. Depois visitamos o Duomo tirando fotos por fora e por dentro. Almoçamos na praza de frente para o Duomo, nos sentindo turistas importantes, he he. Passamos pela Galeria Vittorio Emanuelle II e andamos pelo famoso Quadrilátero da Moda, que nada mais é que uma região com muitas lojas de grife. Para terminar o dia vimos o pôr do sol no Arco da Paz e fizemos compra no mercado Carrefour.

No nosso último dia inteiro na Itália pegamos um bonde (ônibus elétrico) e fomos até a Porta Ticinese, que é um Portão medieval da cidade. Não sabíamos como pegar o bonde correto já que existem vários, mas o Google Maps nos indicou pegar o bonde 14 há umas 2 quadras de onde estávamos. Aí foi fácil e divertido. Há vários canais perto da Porta Ticinese e bastante comércio ali também. Andamos às margens dos canais Naviglio Pavese e Naviglio Grande, onde almoçamos. Bem perto visitamos a igreja Santa Maria delle Grazie al Naviglio. Então voltamos caminhando curtindo as ruas de Milão, passamos por dentro do Parque Sempione até chegar no apartamento. Resumo de Milão: grande, muita moda nas lojas, não vimos pessoas tão "na moda" assim nas ruas.

19/10 nosso voo saía bem cedo de Milão. Fizemos conexão em Roma e São Paulo para então chegar em Curitiba e terminar essa viagem incrível pela Itália.

Comida e Bebida na Itália

A massa normalmente é al dente, boa mas nada demais. As lasanhas eram boas e basicamente à bolonhesa. As pizzas eu gostei bastante (A Rosi não), principalmente a Margherita de Napoli, mas em alguns lugares eu achei bem parecidas com as brasileiras. As pizzas são baratas comparadas a outros pratos e quase sempre vêm num prato grande, dá para comer muito bem. 

O vinho é bom e barato (preço de água mineral), geralmente o vinho da casa é bem saboroso. No café da manhã é hábito local comer corneto (brioche no norte da Itália), é uma espécie de croissant recheado com chocolate, creme ou alguma outra geleia. No início eu achei que iria enjoar de comer doce de manhã mas no último dia eu já estava com saudades. Muito bom!

O gelato (sorvete) é delicioso mas em algumas gelaterias nem tanto. O melhor que provamos foi da Grom. Dos doces, não curtimos muito o Cannoli mas gostamos do Tiramisu (apesar de eu não gostar de café).

Considerações Gerais

- Apesar da alta temporada acabar em setembro, vimos muitos turistas em quase todas as cidades em outubro. Encontramos vários turistas chineses e brasileiros.
- O trânsito na Itália é muito confuso, em Napoli por exemplo o pessoal estaciona o carro em lugares improváveis, tudo bagunçado nos espaços entre calçadas e a rua. Em várias cidades o semáforo abre para carros e pedestres ao mesmo tempo. Se entendi direito os carros podem fazer conversão mas dando preferência ao pedestre.
- O GPS nos ajudou, recomendo. Quanto à língua, nos viramos bem com o inglês. Eu achei difícil o italiano. Na verdade só teve duas situações que não conseguimos nos comunicar em inglês, numa lanchonete perto da Universidade de Pisa e numa loja na ChinaTown, fora isso deu tudo certo.
- A Itália tem muitas cidades e lugares ótimos para conhecer. Foi uma viagem muito legal.