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dias de férias em outubro e uma certa apreensão em viajar em meio à
pandemia do Coronavírus. Mas a experiência em Tibagi e Castro um mês
antes nos encorajou (Rosi e eu) a colocar o pé (o carro) na estrada
novamente. A Rosi sempre tem sugestões de lugares legais para
conhecermos e há tempos ela havia me falado do Cânion do Itaimbezinho.
Esse cânion fica a aproximadamente 587 km de Curitiba. Já que íamos
rodar tantos kms surgiu a ideia de ir parando em outras cidades na
volta. Pesquisamos a situação do coronavírus nas cidades candidatas e
avaliamos que seria possível viajar e curtir tomando alguns cuidados com
relação à aglomeração e uso de medidas preventivas. Das cidades que
passamos, a maioria está bem adaptada aos cuidados recomendados pelas
autoridades de saúde. Hotéis e restaurantes estão com protocolos bem
definidos e a maioria das pessoas está colaborando (apenas Balneário
Camboriú destoou com muitas pessoas sem máscaras nas ruas).
Interessante
é que saímos de Curitiba com um único hotel reservado, que era na
primeira cidade, os demais fomos escolhendo à medida que íamos trocando
de cidade. Foi legal porque o roteiro não estava totalmente definido,
fomos decidindo a próxima cidade durante a viagem. Ao final, nós
visitamos: Praia Grande-SC, Torres-RS, Laguna-SC, Florianópolis-SC, Nova Trento-SC, Balneário Camboriú-SC.
Dia 12/10 saímos de Curitiba cedo, demoramos cerca de 8:30 hs para chegar em Praia Grande-SC,
com 1 hr de almoço na estrada em Palhoça. Pegamos um pouco de
engarrafamento próximo a Florianópolis. O Cânion do Itaimbezinho fica na
divisa entre SC e RS. Nossa base foi a Pousada Vó Liane, na cidade de
Praia Grande. Detalhe que a cidade não tem praia e não é grande... Após
instalados em um dos confortáveis chalés no meio da natureza, fomos até o
centro e fizemos um lanche na Pizzaria Opinião. Eu comi um hamburguer e
a Rosi um hot-dog (que é gigante, aliás), comida de primeira.
13/10
havíamos agendado um passeio de balão! Acordamos bem cedo, chegando
próximo às 5 hs na agência de turismo. Após reunir as pessoas do mesmo
voo, fomos até o local de decolagem. O balão da agência Canyons e Peraus
é bem colorido, fica legal nas fotos. O balão comporta 12 pessoas mais o
piloto, existem 6 divisões dentro do cesto para os passageiros, é um
pouco apertado mas atende bem se a pessoa não for gordinha :-p.
A
decolagem do balão é bem suave, lembra um elevador, em pouco tempo
estávamos a 1000 metros de altura. E é muito legal a vista lá de cima,
começamos o voo pouco depois que o sol nasceu. Como estávamos
relativamente próximo dos cânions a vista dos mesmos foi bem legal
também. Foi a primeira vez que voamos de balão e gostei bastante. Apenas
fui surpreendido (por ser ignorante no assunto mesmo) com a informação
de que o piloto não consegue direcionar o balão, ele apenas controla a
altura e a direção fica por conta do vento. Eu inocentemente achava que o
piloto conseguiria fazer o balão passar por cima dos cânions. A duração
do passeio é de quase 1 hora, pousamos próximo à várias plantações e
houve brinde com champagne. Valeu a pena! (O valor do passeio foi de
580,00 por pessoa).
Voltamos
pra pousada tomar o café da manhã e depois seguimos para o Parque
Nacional de Aparados da Serra, onde fica o Cânion do Itaimbezinho. São
23 km de Praia Grande até o Parque. A estrada começa alternando trechos
de asfalto com ruas de pedra/terra, mas logo é só pedra, terra, muita
poeira e buracos. O carro fica marrom e não tem como ir muito rápido por
conta dos buracos e irregularidades.
Chegando
ao parque, cuja entrada é gratuita, existem duas trilhas. A primeira é a
Trilha do Cotovelo com 6,3 km de extensão (ida e volta). A maior parte
do trajeto é feita por uma antiga estrada do parque, o restante do
caminho é feito pela borda do cânion. Vista incrível. Voltando ao início
do parque, para o lado oposto fica a Trilha do Vértice que tem um
trajeto mais curto, com 1,4 km de extensão (ida e volta). A vista deste
lado também é bonita e é possível ver a Cascata das Andorinhas, a
Cascata Véu da Noiva e o início do Cânion Itaimbezinho, que é em forma
de vértice e dá origem ao nome da trilha.
No
final dessa segunda trilha haviam algumas placas para "Café do Vô
Marçal", decidimos ir até lá. É uma antiga casa de madeira de 1945 onde
os moradores montaram uma lanchonete e também vendem artesanato. Além
dos lanches (comemos pastel de pinhão e pastel de queijo, café e
refrigerante), eles vendem queijo e doces produzidos no próprio local.
Quando chegarmos tinha um senhor fazendo doce de leite no fogão à lenha.
Inusitado encontrar uma casa dessas no meio "do nada", lembrou um pouco
as antigas casa dos meus avós.
Saímos
do parque e pegamos a estrada de volta para Praia Grande. No meio do
caminho da estrada de pedra está a Trilha do Cânion Índios Coroados. Na
verdade nós havíamos parado ali na ida para o Itaimbezinho mas não
encontramos o início da trilha. Então na volta paramos novamente e
encontramos um grupo de turistas. Eles nos disseram que para iniciar a
trilha era necessário pular a cerca. Achamos aquilo bem estranho por ser
uma trilha famosa, por que raios tem uma cerca "proibindo" a entrada?
Mas pelo que eu consultei depois na internet é normal pular a cerca
mesmo. O fato é que pulamos a cerca e seguimos a trilha, são apenas 600
metros de distância, trecho plano. Há apenas uma pequena descida e
subida para passar um riacho e logo o campo termina na borda do penhasco
com a vista fantástica do cânion... se não fosse o fato de haver muita
neblina no local. Não vimos nada! Voltamos para Praia Grande, à noite
compramos um lanche na Pizzaria Casarão, que estava bem saboroso.
14/10 tomamos café na Pousada Vó Liane e seguimos para a próxima cidade: Torres-RS.
Ficamos no Hotel Farol, no centro e próximo aos paredões rochosos.
Almoçamos no Torre Grill, comida deliciosa com frutos do mar, destaque
para a casquinha de siri. Caminhamos no entorno da Lagoa do Violão e
também no calçadão da Prainha. Depois seguimos a pé até o Parque da
Guarita, lá estão 2 dos 3 penhascos à beira mar de Torres, são os
chamados Torre do Meio e Torre Sul (daí vem o nome da cidade, Torres).
Caminhamos por cima da Torre do Meio. Bela vista e belas fotos,
inclusive da Torre Sul que fica ao lado. Jantamos na Pizzaria da Praia,
do lado do hotel. A massa da pizza é bem fina e o sabor é ótimo.
15/10
tomamos café no hotel e saímos para caminhar pela areia da Prainha e
tirar fotos no letreiro de Torres. Depois seguimos até a próxima cidade:
Laguna-SC.
Ficamos no Hotel Atlântico Sul, onde já almoçamos no restaurante anexo.
Depois fomos até o Mirante do Morro da Glória. Possui 126 metros de
altura e é o local mais alto da cidade, por isso é procurado para
observação panorâmica da cidade, praias, lagoas, etc. Possui ainda uma
imagem de Nossa Senhora da Glória. De lá fomos até o Centro Histórico.
Caminhamos por: Igreja Matriz Santo Antonio dos Anjos, Museu Casa de
Anita, Letreiro de Laguna, Porto, Mercado Público (por fora), Marco do
Tratado de Tordesilhas, Museu Histórico Anita Garibaldi, Estátua da
Anita. Voltamos ao Letreiro de Laguna e vimos o por do sol.
16/10
tomamos café no hotel, depois pegamos o carro, atravessamos o canal com
a balsa e seguimos até o Farol de Santa Marta. Eu já havia ido para o
Farol de Santa Marta em 2012 mas nem sabia que fazia parte de Laguna, o
lugar continua lindo. Estacionamos o carro e subimos o morro do Farol.
Curtimos o belo visual e tiramos fotos. Depois descemos e almoçamos no
Tribo Bar, onde comi um peixe com molho de camarão delicioso e com vista
para a praia. Depois curtimos a Prainha do Farol por um tempo e
voltamos até Laguna. Paramos para caminhar nos Molhes da Praia da Barra e
na areia da Praia do Mar Grosso.
17/10 tomamos café no hotel e seguimos até Florianópolis-SC.
A parada em Florianópolis tinha como um dos objetivos visitar a
sobrinha da Rosi, que tem uma filha de 9 meses. Ficamos no Centro, Hotel
Castelmar, cujo quarto é gigante com 3 ambientes e banheiro. Muito bom.
No almoço comi uma saborosa Tainha no restaurante Dona Delícia. À tarde
fomos visitar as sobrinhas da Rosi e no final do dia fomos ao Beiramar
Shopping e fizemos uma caminhada curta na Avenida Beira Mar Norte.
18/10
tomamos café no hotel e fomos até a Ponte Hercílio Luz, bem próxima ao
hotel. Como era domingo, estava liberada a passagem de pedestres e
ciclistas. Foi bem legal poder atravessar a ponte pela pista central.
Depois pegamos o carro e paramos na Avenida Beira Mar Norte, onde
caminhamos com a bela paisagem (apesar do tempo nublado). Em seguida
fomos até o Mirante da Lagoa da Conceição e também passamos de carro do
lado da Lagoa, ali pertinho das Dunas da Lagoa. Tinha muito carro e
desistimos de almoçar por ali por conta da aglomeração. Fomos até o
bairro Santo Antonio de Lisboa, que era do outro lado da ilha e
almoçamos no Restaurante Chão Batido, com vista para a Baía.
Caminhamos
pelo simpático bairro com arquitetura típica açoriana e com o charme de
estar margeado pela baía com vários barcos o que dá um plus no visual.
Fomos na Igreja Nossa Senhora das Necessidades e no cemitério ao lado.
Paramos no Santo Appetito Café para comer um bolo de bergamota com
sorvete de gengibre, muito bom. Ainda passamos na Casa da Renda, onde
pudemos ver a rendeira trabalhando e a Rosi comprou uma almofada com
renda.
19/10 tomamos café no hotel e pegamos a estrada para Nova Trento-SC.
Ficamos na CEIC Pousada, hoje reformada, foi um convento e uma espécie
de hospital desde 1894 fundado pela Santa Paulina. O casebre de madeira,
onde recebia doentes e necessitados, continua no local para visitação.
De carro, fomos até o Santuário Santa Paulina. Infelizmente por conta do
coronavírus o Santuário em si estava fechado, bem como o Cenário Vivo.
Vimos o Santuário por fora. O que estava aberto e visitamos: a Capela
Nossa Senhora de Lourdes e o Calvário (subida de um morro onde tem
quadros da via sacra e no final a cruz de Jesus e também uma estátua da
Santa Paulina). Voltamos para a Pousada e caminhamos no simpático Centro
da cidade.
20/10
tomamos café na pousada e fizemos um passeio dentro da própria
propriedade: o casebre que era o antigo hospital, o poço ao lado, os
jardins. Depois pegamos a estrada e fomos até Balneário Camboriú.
Eu não conhecia a cidade, é bonita e vi muitas pessoas bonitas também.
Caminhamos na Beira Mar e almoçamos no Cia do Peixe Restaurante, com
vista para o mar, bem ao estilo férias mesmo. Depois disso, algumas
fotos e retorno para Curitiba. Fim do passeio que passou por 6 cidades e
que curtimos demais. Novas descobertas, lugares agradáveis e ótima
companhia.
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