quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Da Primeira Corrida em 2014 até a São Silvestre 2024

Comecei a praticar corrida de rua em 2014 (10 anos antes de correr a São Silvestre), por incentivo de colegas do SERPRO, a empresa que eu trabalhava na época. Corri 5 km na Corrida da Caixa em 2014, e repeti a mesma prova em 2015 e 2016. Acho que foi no primeiro semestre de 2017 fui convidado para participar do grupo de corrida Furacão Runners, atleticanos que representam o Athletico nas corridas. (já escrevi um pouco dessa história neste post.

Mas a verdade é que eu comecei a participar de provas com mais frequência a partir de junho de 2017, corri várias corridas de 5 km aquele ano e também em 2018. Em 2019, além de corridas de 5 km, corri 2 de 6 km, 2 de 7 km e uma de 7,5 km. Em 2020 corri uma corrida de 7 km, 2 de 5 km e uma de 8 km, quando veio a pandemia do COVID-19 e os eventos coletivos foram suspensos. No final de 2021 corri 2 corridas virtuais (aquelas que você corre sozinho e manda o tempo para a organizadora da corrida) de 5 km. Em 2022 os eventos foram voltando aos poucos e corri 4 corridas de 5 km.

Já há algum tempo eu vinha pensando em correr a Corrida de São Silvestre. É uma corrida tradicional e que desde criança eu via na TV. Em 2023 eu coloquei na cabeça que precisava correr 10 km, para depois aumentar até chegar aos 15 km da São Silvestre. Nesse ano eu corri 3 corridas de 5 km, fui até a cidade de Rio Negro/Mafra participar de uma corrida de 7 km (com bastante subida) e finalmente em dezembro corri 10 km na Corrida da Sanepar. Nessa última corrida, parte dela eu corri ao lado do Ricardo Pinto, ex goleiro do Athletico, que me incentivou bastante. O resultado é que fiz um bom tempo e aguentei a nova distância.

Uma vez que passei a correr 10 km, em 2024 a meta era chegar a correr 15 km na Corrida de São Silvestre. Nesse ano então eu corri 6 corridas de 10 km e 1 corrida de 11 km. E fiz treinos no Parque Barigui de 11, 12 e 14 km.

São Paulo - 29 a 31/12/2024 - Corrida de São Silvestre

Domingo dia 29/12 saí da Rodoviária de Curitiba às 12:30 num ônibus da Viação Eucatur, chegando em em São Paulo próximo das 19:00. Peguei o metrô para o Hotel Cinelândia (que fica na Av. São João, próximo à Praça da República). Jantei no Habibs e fui dormir.

Segunda dia 30/12 tomei café no hotel e fui de metrô até o Parque Ibirapuera. Lá era o local para pegar o kit da corrida e onde estava rolando a Feira da Bienal de São Paulo. Além da Bienal em si, havia uma feira de artigos de corrida. Voltei para o hotel e fiz um mini tour a pé nas redondezas (e aproveitei para ver alguns pontos e ruas que iria passar pela São Silvestre no dia seguinte). Passei pela Praça da República, andei bastante nos vários andares da Galeria do Rock (que para quem gosta de rock é muito legal), passei na frente do Teatro Municipal, passei por cima do Viaduto do Chá e de lá apreciei a vista do Vale do Anhangabaú. Por fim, almocei no Shopping Light.

Terça dia 31/12 era o grande dia. Acordei bem cedo e no café do hotel comi apenas algumas frutas. Peguei o metrô para chegar até o ponto de largada na Avenida Paulista. E nas estações de metrô já comecei a sentir o clima da corrida pois havia muita gente se deslocando para lá, a maioria com a camiseta roxa da corrida. Eu largava no Pelotão Geral e estava na onda vermelha (dos mais lentos com pace acima de 6). Parei na estação MASP e saindo dela caí numa muvuca com um amontoado de pessoas acessando a área dos corredores, e estava entrando um por vez.

Entrei na área dos corredores e me posicionei. A largada do Pelotão Geral seria às 8:05 mas atrasou quase 40 minutos. E finalmente largamos. É impressionante a quantidade de pessoas correndo. Foram 37.500 inscritos e ver tanta gente na rua é bem diferente. Percebi, e já haviam me alertado sobre isso, que nos primeiros 2 km não tem como ser rápido, tem tanta gente que só se consegue correr devagar. No final das contas eu notei que na corrida toda sempre tem pessoas caminhando ou correndo devagar, a São Silvestre não é para melhorar tempo ou bater recorde pessoal.

E lá estava eu correndo em São Paulo, com tanta gente por perto a empolgação aumenta. Vale destacar a festa que a galera faz, gente fantasiada, de cartaz e tudo mais. Tinha um grupo de uns 30 corredores e corredoras que estavam com fantasia de Mario, com caixa de som e tudo, muito legal. Fui bem nos 5 primeiros km, dos 6 aos 10 eu me cansei bastante, estava calor e o sol apareceu mas eu sinceramente achei suportável. Até chegar ao início da subida da Brigadeiro (supostamente no km 12 ou 13) eu havia caminhado um pouco 2 ou 3 vezes e o restante correndo. Cheguei na Brigadeiro e eu estava decidido que ia correr toda ela ou o máximo que conseguisse. Doce ilusão...

A Av. Brigadeiro é uma subida de quase 2 km, onde muita gente "morre" nessa parte da corrida. Quando comecei a subir os primeiros metros eu estava bem desgastado, devo ter corrido uns 200 ou 300 metros e já passei a caminhar. E nessa subida foi nessa de corre um pouco e caminha um pouco, eu não tinha energia para correr muito ali. Cheguei correndo na Av. Paulista e segui até a linha de chegada, que parecia que nunca chegava... Mas consegui completar a prova e pegar a medalha grandona. Olhei a minha marcação e corri 15,87 km em 02:01:37. Tempo acima do que eu previa, mas de fato fui lento após os 10 km e principalmente na Brigadeiro, além disso corri quase 16 km, 1 km a mais do que o previsto.

Eu estava morto de cansaço, mas completei a prova e estava feliz por ter alcançado o objetivo. No final eu fiz uma homenagem à Thais, eu havia levado um cartaz que estava no meu bolso com os dizeres: "Thais, você estará para sempre em nossos corações. Te amo! São Silvestre 2024". Dediquei essa conquista há minha filha, que nos deixou em 2021 e que sentimos muitas saudades.

Correr a São Silvestre foi uma experiência incrível. Além de todo o clima dos participantes, da torcida (em vários pontos haviam pessoas nas laterais das ruas incentivando e até fazendo um "bate aqui" com a mão) tem o simbolismo de participar desse evento tradicional e internacional. Alcancei minha meta e até estou pensando em voltar nos próximos anos.

Depois da corrida, entrei numa fila enorme para adentrar a estação do metrô, voltei para o hotel, tomei banho, comprei um x-salada no Rei do Mate, fui até a Rodoviária Tietê de metrô e finalmente às 14:00 embarquei com a Viação Cometa para Curitiba, onde cheguei às 20:30. Era o último dia do ano e pude celebrar a virada junto com a minha querida Rosi.

Passeio em Guaratuba-PR

Em outubro de 2024 eu estava de férias e a Rosi conseguiu 2 dias úteis de folga. Ela queria conhecer Guaratuba então fomos de Ônix para a praia. Eu já havia estado 4 vezes em Guaratuba: 1997 (no carnaval), 2009 (no inverno), 2016 e 2017. Acho que em todas as vezes eu tinha visitado o Morro do Cristo ou pelo menos ido até a Praia Central próxima ao Morro. Desta vez eu queria conhecer a Praia de Caieiras, a Baía de Guaratuba, a Praça dos Namorados e a Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso. E deu certo!

19/10 - Sábado. Saímos de Curitiba por volta de 10:40 e fomos pela BR-376, passando por Garuva-SC. Almoçamos num restaurante/churrascaria em Guaratuba. Fizemos o checkin no Hotel Santa Paula no Balneário Brejatuba. Estava chovendo e um pouco frio, ficamos um bom tempo na piscina aquecida e nas banheiras "jacuzi", local que era coberto. À noite saímos para jantar no Prensadão (comemos um x-salada e um prensadão duplo).

20/10 - Domingo. Café da manhã no hotel (que estava cheio, descobrimos que estava acontecendo um retiro evangélico lá). Saímos para caminhar na praia e estava bem agradável. Voltamos para o hotel, arrumamos as coisas e fizemos o checkout. De carro fomos até a Praia de Caieiras (uma praia bem pequena e simpática, de pescadores). Dali é possível ver o ferry boat fazendo a travessia até Caiobá e também ver a Praia Mansa de Caiobá. Andamos pela praia, tiramos fotos e como não encontramos um restaurante que nos agradasse pegamos o carro, passamos do lado do embarque do ferry boat e paramos mais ou menos próximos à Igreja Matriz. Almoçamos num restaurante pequeno e depois fomos até a Praça dos Namorados. Ficamos lá contemplando a vista por algum tempo. Tanto da Praça dos Namorados quanto da Praia de Caieiras é possível ver a Baía de Guaratuba. Caminhando, passamos na frente à Igreja Matriz que estava fechada e fomos de carro até o Hotel Cabana Suiça. Fizemos o checkin e fomos para a piscina que é aquecida e descoberta. Depois de curtir a piscina tomamos banho e saímos para jantar, desta vez no calçadão da Praia Central. Paramos numa chopperia (um dos poucos locais abertos e que tinha comida) e a nossa janta foi pastel. Tinha um cara tocando ao vivo, Val Santos, mas o som não era muito agradável para o meu gosto: música sertaneja e gaúcha. Na volta ao hotel, jogamos um pouco de sinuca antes de voltar para o quarto.

21/10 - Segunda. Café da manhã no hotel (este estava quase vazio, até porque era segunda-feira). Depois saímos caminhando com destino ao Morro do Cristo que é bem perto do hotel. Subimos os 399 degraus e mais a escada que dá acesso ao "mirante" aos pés do Cristo. Tiramos fotos lá de cima e descemos para a praia, onde caminhamos um pouco. Começou a chover e decidimos voltar para o hotel. Logo era hora do almoço e a chuva havia parado, então caminhamos até o calçadão da Praia Central novamente e paramos num local que servia pratos executivos. Depois de almoçar fomos até a areia da praia, a Rosi entrou no mar e logo voltou e fomos caminhando até o final da Praia Central, depois voltamos (devemos ter caminhado mais de 4 km entre o hotel e o final da praia). Pegamos o carro no hotel e fomos até o mercado Brasão, onde compramos comida para a janta. De volta ao hotel ainda assistimos o filme "Coringa".

22/10 - Terça. Café da manhã no hotel. Fizemos o checkout e fomos até a Central do Artesanato de Guaratuba. Compramos alguns souvenirs. Depois pegamos a estrada de volta para Curitiba, mas fizemos uma parada em Garuva, onde passamos na Prefeitura e seu entorno. Seguimos e decidimos almoçar no Shopping São José, em São José dos Pinhais. Não conhecíamos esse shopping. Depois de almoçar aí sim voltamos para Curitiba.

Quanto aos Hotéis, eu gostei dos 2. O Santa Paula tem o diferencial da piscina coberta e é bem maior com relação à quantidade de quartos. Fica no Balneário Brejatuba mas há cerca de 800 metros da Praia Central. O Cabana Suíça fica há 1 quadra da Praia Central bem perto do Morro do Cristo. Tem menos quartos e estava em reforma. A piscina descoberta é aquecida mas se chover ou houver um vento frio deve ficar inviável de usar. A TV do quarto oferece alguns streamings, o que ajuda, principalmente se estiver frio. A localização é melhor pois dá para fazer várias coisas a pé ali por perto.

Quanto às Praias, as 3 são legais. Caieiras é bem mais tranquila e não tem muito comércio por ali. Brejatuba é bem extensa, ali é a praia brava e os comércios são espalhados pela rodovia. Já a Central é melhor localizada com relação aos comércios pois tem vários locais próximos para comer, lanchar e fazer compras.

Salvador com as Meninas e o Menino

Eu conheci Salvador há 20 anos atrás, em 2004, quando fui ao ENECOMP - Encontro Nacional de Estudantes de Computação. A viagem na ocasião foi bem legal, a delegação da UFPR ficou alojada na Universidade Católica junto com estudantes de vários outros estados. Saímos um dia para passear no Pelourinho e outro para ir à praia. O detalhe aventureiro daquela ocasião é que fomos de van numa viagem que durou mais de 1 dia e meio.

Agora, em julho de 2024, fugimos do frio de Curitiba. Tatiane, Melissa, Rael e eu fomos de avião para Salvador no dia 6. Foi a primeira viagem de avião do Rael aos 3 meses e a segunda da Melissa com 7 anos (a primeira foi para o Rio de Janeiro com 1 ano).

Saímos no sábado às 11:30 do aeroporto de Curitiba e em voo direto chegamos a Salvador próximo das 14:20. Fomos de Uber do aeroporto até o Hotel Porto Salvador, na Barra. O hotel fica a aproximadamente 100 metros da Praia do Porto da Barra.

Fizemos o check-in no hotel, deixamos as malas e saímos atrás de comida. Comemos hamburguer no Texans Burguers, quase em frente ao hotel. Comida boa e os atendentes/donos são um casal peruano, muito simpáticos. Enquanto estávamos comendo escureceu e descobrimos que em julho "fica noite" aproximadamente às 17:40 hs em Salvador.

Dia 7, domingo, tomamos café no hotel e fomos à praia. A Praia do Porto da Barra tem uma faixa de areia relativamente pequena e está tomada por cadeiras e guarda-sóis de aluguel. Alugamos um guarda-sol, cadeiras e a Melissa foi logo me puxando para o mar. De fato as ondas são fracas ali e fica uma praia no melhor estilo "piscininha", o que é bem agradável para as crianças. A Tatiane levou o Rael para se molhar um pouco no mar mas ele não curtiu muito nesse primeiro dia. Por ser domingo estava cheia a praia e tinha bastante barulho.

Depois de algumas horas saímos da praia, passamos no hotel pra trocar de roupa e fomos almoçar no Restaurante Tudo Azul, que fica de frente para a praia e foi uma indicação do hotel. Achei que não valeu o custo x benefício. A comida era ok, mas nada excepcional e o peixe que comemos deixou a desejar. Pagamos caro por um almoço relativamente comum. No cardápio dizia que não cobram taxa de serviço mas o garçom cobrou os 10% a parte, achei totalmente inconveniente. O garçom em nenhum momento disse que os 10% eram opcionais.

Fomos comer açaí no Açaí 73, também na frente do hotel. As meninas se deliciaram, misturando o açaí com leite condensado, leite ninho e afins. A Melissa ainda queria ir à praia mas já era tarde e o sol se põe cedo, então fomos dar uma volta na beira-mar e vimos o por do sol às 17:20. Várias pessoas ficam ali na Praia do Porto, na margem e até o Farol da Barra para apreciar o por do sol. Cerca de 20 minutos após o sol se por já fica escuro, é impressionante essa rapidez para escurecer em Salvador. Jantamos na Tapiocaria No Capricho (muito boa) e voltamos ao hotel.

No dia 8, acordamos um pouco mais cedo para tentar aproveitar melhor a luz do dia. Tomamos café no hotel e fomos à praia. Por ser segunda estava bem tranquila e com poucas pessoas. Melissa adorou e neste dia o Rael curtiu a entrada no mar. Depois de algumas horas saímos da praia e fomos almoçar no Restaurante Ya Ya Yo Yo, comida por quilo bem saborosa.

Em seguida fomos caminhando até o Farol da Barra, que é um ponto turístico de Salvador e não poderíamos deixar de visitar. O lugar é bem bonito, tiramos algumas fotos e fui com a Melissa na Praia do Farol da Barra, que é a praia logo depois do Farol. Não tínhamos muito tempo de sol mas nos divertimos nessa praia que tem ondas bem fortes e até fizemos uns castelos de areia antes de escurecer, enquanto a Tatiane foi ver o por do sol lá do Farol. Voltamos ao hotel, tomamos banho e fomos jantar no Rey da Esfirra.

Dia 9 era o dia de irmos ao Pelourinho. Tomamos café no hotel e pegamos um Uber até o Mercado Modelo. Andamos pelas lojas do Mercado, compramos lembranças e uma baiana fez um tradicional tererê no cabelo da Melissa. O Elevador Lacerda estava interditado devido a obras, então para subir da Cidade Baixa para a Cidade Alta utilizamos o "Plano Inclinado Gonçalves" que os locais chamam de bondinho mas que eu chamaria de funicular.

Chegando na Cidade Alta, caminhamos até próximo do Elevador Lacerda, onde está a bonita Prefeitura de Salvador e de lá tem-se uma vista ótima da Baía de Todos os Santos, do Mercado Modelo e do próprio Elevador Lacerda. Depois almoçamos no Restaurante Dona Baiana. Tiramos fotos no Monumento da Cruz Caída. Caminhamos até a Praça da Sé, onde um sujeito chamado Timba fez uma pintura no estilo "Olodum" na Melissa, braço e perna, ficou bem legal. Tiramos fotos na frente da Catedral e caminhamos até o Largo do Pelourinho. Ali tiramos várias fotos também.

Depois voltamos até próximo à Catedral para descer pelo Bondinho. Na Cidade Baixa paramos para tomar uma água de coco (A Tatiane uma água), pegamos o Uber e voltamos ao hotel na Barra. A noite ainda tomamos açaí, comemos acarajé (sem pimenta) e por último comemos hamburguer e pastel.

Dia 10 era o dia da volta. Tomamos café no hotel, arrumamos as malas e almoçamos no Restaurante Ya Ya Yo Yo. Chegamos no aeroporto com Uber, tivemos uma conexão em Congonhas-SP - com direito a embarcar na pista - e chegamos no início da noite em Curitiba.

Foi uma viagem muito legal, todos se divertiram e curtiram Salvador. A Melissa adorou voar de avião e agora quer mais! Durante esses dias eu lembrei bastante da Thais, faltou a Pequena para nos acompanhar em mais uma viagem de férias. Mas Thais, saiba que estamos passeando com a Melissa para deixá-la feliz, exatamente como você faria se estivesse aqui.